domingo, 28 de março de 2010



Sigo SEMPRE!!

:)

Débora!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Não existem tipos de amor, o amor é amor; só existem intensidades de amor. O amor é confiar, aceitar e acreditar, sem garantias. O amor é paciente e espera, mas é uma espera ativa, não passiva. Está se oferecendo continuamente numa revelação mútua, num compartilhar mútuo. O amor é espontâneo e precisa se expressar pela alegria, pela beleza, pela verdade, mesmo pelas lágrimas. O amor vive o momento; não está perdido no passado nem precisa do amanhã. O amor é Agora!”

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pra Rua Me Levar* - e Divagações**

“Não vou viver como alguém que só espera um novo amor,
há outras coisas no caminho onde eu vou.
Às vezes ando só trocando passos com a solidão,
momentos que são meus e que não abro mão.”


O que é o tão descrito amor e quais os sentimentos que ele envolve? As pessoas hoje em dia confundem muito – e talvez nem saibam – o que de fato representa o amor. Sem respeito, admiração, companheirismo, cumplicidade, alegria, realização e tantos outros detalhes, o amor nunca pode acontecer plenamente dentro de alguém. Por isso mesmo, o amor compreende muito mais que um único sentimento na vida das pessoas e nunca pode andar divorciado de outras ações.

Existem momentos em que somos forçados a andar sozinhos - trocar passos com a solidão. Não porque queremos, mas porque não existe outra opção. Essa caminhada acaba sendo necessária, mesmo porque, a solidão não deve assustar e nem comprometer o sono: Passado algum tempo de aprendizado você passa a se conhecer, aceitar e ser feliz, independente de quem esteja contigo – essa é a base da felicidade. Percebemos então que deixamos que os caminhos nos "levem" e não há problema nenhum nessa opção, se tomamos o cuidado de não escolher a "rua errada."

Não podemos abrir mão dos nossos momentos com a solidão. São eles que nos trazem o autoconhecimento e apontam o que nos tornará felizes. E por conta disso saberemos no momento opotuno quando a pessoa certa vai chegar. Porque, como já foi dito, a solidão não deve assustar: temos muito a conquistar sozinhos; muito para nos conhecermos; muito para amar e, principalmente, muito para nos prepararmos para quem for entrar em nossas vidas para permanecer.

“Mas tenho ainda muita coisa pra arrumar,
promessas que me fiz e que ainda não cumpri.
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar.
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...”


Reconhecer que precisamos mudar é um processo básico para o crescimento pessoal; um caminho de reconhecimento de nossas necessidades e da humildade. E representa principalmente, um passo muito importante para o nosso amadurecimento. Certamente, há muita coisa para arrumar dentro de nós a todo tempo. Não podemos então permitir vários tipos de comportamentos, ficar com restos ou sobras de relações falidas, inconsistentes e tóxicas.

Precisamos voltar o foco de nossas vidas para os nossos projetos, e tomar um cuidado muito especial: Nunca se abater diante da dificuldade. Não devemos abrir mão desta postura e de tantas outras que nos prometemos e ainda não cumprimos, mesmo porque para que elas se realizem precisamos nos empenhar e desenvolver os esforços necessários; manter os nossos princípios, sermos leais e fiéis. Manter o auto respeito. Somos valiosos demais para aceitar o menos que isso.

Saber aguardar o tempo exato pra falar, vai muito além do conceito de tempo: alcança a pessoa certa, aquela que vai querer ouvir. E não só vai ouvir, como também, participar do diálogo completando o final de cada um deles, exatamente como deve ser. Não precisamos aceitar alguém que só faça análises de tudo e nos dê as respostas prontas. Isso pode ser muito "proveitoso", mas se um novo tempo realmente começou, precisamos de alguém que não deixe nossas perguntas sem respostas e nem nos deixe só no meio da noite trocando passos com a solidão. Precisamos de alguém que, mais do que nos ouvir, queira nos escutar...


“Já sei olhar o rio por onde a vida passa,
sem me precipitar em nem perder a hora.
Escuto no silêncio que há em mim e basta.
Outro tempo começou pra mim agora”


Saber olhar o rio vai além do fato de ficar como espectador de uma vida que se escolheu não viver; abandonare o papel de coadjuvante em sua prória história; significa muito mais do que deixar que os outros façam as escolhas por nós. É observar e aprender para não se precipitar – antecipar o tempo natural da relação -, ou perder a hora. Trata-se de observar o passar dos dias atentamente, prestando atenção às pessoas ao nosso redor. Perceber aquela margem do rio onde ele faz um redemoinho, e observando as águas que insistem em ficar junto a nós - independente da correnteza -, se alegrar ao notar que elas só seguem o seu curso no momento em que nós também resolvemos entrar para seguirmos juntos em direção ao mar.

E como resultado da observação do rio e de nossos momentos de silêncio, percebemos invariavelmente que outro tempo começou. Não temos outra opção, senão, voltar ao começo sem medo ou isento de receios. Temos que evitar escolhas uníssonas - somente uma plena realização profissional ou breves momentos de satisfação pessoal. Queremos agora sonhar cada noite com o dia em que encontraremos a estrada e a companhia certa. Eis o silêncio retratado como algo fundamental – e é! Ele é bastante dentro de nós. E buscando uma acepção da palavra “bastante”, podemos escolher a que diz: “aquilo que é necessário; suficiente.”


“Vou deixar a rua me levar,
ver a cidade se acender...
A lua vai banhar esse lugar,
e eu vou lembrar você”


Nos deixar levar pela rua não significa dizer que não podemos escolher o nosso caminho. Estamos de pé, temos nossos próprios calçados, nossa consciência e princípios não nos condenam. Nada pode impedir de nos deixarmos levar pela vida, desde que estejamos no caminho certo!

Percebemos a cidade se acendendo a cada novo caminho. Ver os novos horizontes, contemplar os novos jardins com a singularidade de cada flor... Até o dia em que encontraremos nossa própria cidade, nosso bairro, nossa rua, nossa casa, com nosso próprio jardim que levaremos horas cuidando...

Estar em casa nesse dia, vai implicar no final da busca. Significará ter um espaço de repouso e um conforto para nossa alma. A tranquilidade de ter encontrado o nosso espaço e aquela pessoa que estará conosco pelo olhar, pelo cuidado, pelo que não foi dito – e nem precisa -, pelo silêncio que carregaremos entre nós dois...

Um dia a lua vai clarear todo esse lugar tão especial e nos lembraremos mutuamente. Saberemos a reconhecer a importância do outro; aconteceremos, e mais ainda: Seremos... Tudo terá o seu próprio significado, e entenderemos que nosso encontro foi mais do que uma razão ou uma estação: Foi para uma vida inteira...


Palavras me aguardam o tempo exato pra falar.
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir”- ou não precise...


* Ana Carolina e Totonho Villeroy
** Alexandre Barreto